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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

CIENTISTAS DE DEUS




Em muitos círculos acadêmicos existe um forte preconceito para com a relação dos cristãos devotos e a ciência. Há, inclusive, quem afirme que um bom cientista não pode ter crenças religiosas. Infelizmente, ainda é comum se escutar frases como  “Fé e ciência são duas coisas antagônicas”, “A ciência é algo para os fortes, fé é para os fracos”, “A fé atrapalha o desenvolvimento da ciência”. Mas a verdade é que falas desse tipo não passam de convencionalismo verbalizado.

Se observarmos a história da ciência moderna, detectaremos que a maioria dos cientistas famosos acreditavam em Deus, e boa parte eram fervorosos defensores da fé cristã.

Entre os próprios fundadores da ciência moderna muitos cristãos devotos podem ser encontrados. Vejamos alguns nomes:

Blaise Pascal (1623-1662). Filósofo e matemático, foi o pai da ciência hidrostática e um dos fundadores da hidrodinâmica. Sua conversão se deu aos 31 anos de idade, enquanto lia a sós em seu quarto a oração sacerdotal de Jesus (João 17) . Na mesma ocasião, ele registrou essa experiência em um pedaço de pergaminho. Supõe-se que Pascal tenha carregado esse fragmento na roupa durante toda sua vida. Depois de sua conversão, o ainda jovem matemático dedicou-se devotamente ao Senhor, mas sem jamais precisar colocar a ciência de lado.

Certa vez Newton disse
 "As leis da natureza,
nada mais são do que os
pensamentos matemáticos de Deus."
Robert Boyle (1627-1691). Foi o pai da química moderna, crente humilde, estudioso da Bíblia e de grande visão missionária. Dava grandes contribuições financeiras em favor da propagação do Evangelho de Cristo ao redor do mundo.

- Isaac Newton (1642-1717). É considerado pelos principais círculos acadêmicos como o maior cientista de todos os tempos. Entre suas contribuições  à ciência, podemos destacar a lei da gravitação universal e as três leis do movimento que tornaram possíveis as disciplinas da dinâmica e de todas as suas subdivisões. Puritano, leu centenas de livros de teologia e por muito tempo prestou  serviços na capela do Trinity Colege.  “Ele encarava o aprendizado como uma forma de obsessão, uma busca a serviço de Deus”, afirma James Gleick, autor de uma das mais conhecidas biografias sobre esse gênio.


Mesmo após o impacto do Iluminismo sobre a relação dos estudiosos com a fé, muitos cientistas cristãos surgiram trazendo contribuições fundamentais para a ciência contemporânea.  Durante os séculos XIX e XX, muitos desses gênios se destacaram. Entre eles:

Michael Faraday ao lado
 de um experimento
Gregor Mendel (1822-1844). Conhecido como pai da genética. Suas principais pesquisas resultaram no que hoje conhecemos como “leis de Mendel”. Foi clérigo agostiniano.

William Mitchell Ramsay (1851-1939). Arqueólogo escocês. Foi o primeiro professor de arqueologia clássica na Universidade de Oxford. Sua contribuição para o estudo da arqueologia lhe rendeu nove títulos de doutorado honoris causa. Seus extensos estudos arqueológicos e históricos convenceram-no da exatidão histórica do Novo Testamento.  Sua obra contribuiu muito para os estudos da Bíblia.

Michael Faraday(1791-1867). Foi um cientista inglês, considerado como um dos pilares da história da física e da química. Suas descobertas proporcionaram enormes saltos no campo do eletromagnetismo. Faraday era presbítero em sua congregação.

Em pleno século XXI, inúmeros cristãos tem se destacado nos maios variados campos da ciência.
Com a virada do milênio muitos críticos afirmaram que a partir dali a religião iria perder cada vez mais adeptos e que a tecnologia iria ocupar paulatinamente o lugar da fé. Contudo, ao chegarmos na segunda década do século XXI, percebemos que a religião ainda permanece forte na grande maioria dos países. É claro que em algumas partes do globo o agnosticismo e o ateísmo ganharam muita força nos últimos anos (como por exemplo nos países do norte da Europa). Contudo o contrário vem ocorrendo em outras partes do mundo, basta ver o grande crescimento do cristianismo na China e no sul da África onde o cristianismo tem se multiplicado de forma surpreendente.

Atualmente, temos muitos importantes intelectuais cristãos, atuando nos mais variados campos do saber. Podemos destacar:

Francis Collins


Este influente geneticista americano  ficou conhecido mundialmente ao dirigir o histórico Projeto Genoma. Aos 27 anos abandonou o ceticismo e tornou-se cristão. Collins já foi muito criticado por colegas cientistas que não acreditavam que fé e ciência poderiam andar juntas Em resposta a isso, em 2006 ele lançou o livro "A linguagem de Deus" que se tornou um best seller mundial. De igual modo ele fundou a organização BioLogos, que contribui com a conciliação da ciência com a fé nos meios acadêmicos.

Francis Collins

Willian Lane Craig

Craig é um dos mais conhecidos filosofos da atualidade. Desenvolveu notáveis argumentos acerca da Filosofia do Tempo e Filosofia da Religião. Lecionou em importantes universidades da Europa e da América do Norte e já participou de muitos debates com pensadores ateistas como Richard Dawkins e Christopher Hitchen. Craig escreveu importantes livros na área de teologia e apologética cristã.

Ben Carson

Carson é um importante neorocirurgião americano, responsável por grandes descobertas em sua área, como novas  técnicas de separação de bebês siameses. Seu legado lhe rendeu muitos prêmios, como a Medalha Presidencial da Liberdade, que foi entregue pelo então presidente americano George W Bush Em 2009 a história de Carson ganhou os cinemas através do filme "Mãos Talentosas".




Helton de Assis Freitas
Setembro de 2015

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O SEGREDO DE JONATHAN EDWARDS

BASEADO EM FATOS REAIS





















A história nos conta que em 1741, na  cidade americana de Enfield, um pastor congregacional chamado Jonathan Edwards, durante um culto em uma igreja lotada, lia o seu sermão cujo título era “Pecadores nas  Mãos de um Deus Irado”. Conta-se que Edwards não era um grande orador, mas durante as mensagem daquela noite, de forma extraordinária, centenas de  pessoas choravam desesperadamente e até mesmo agarravam às colunas da igreja dizendo que sentiam o chão se abrir e que o inferno estava sugando-as. Todos estavam tomados por intenso arrependimento e  apartir dali houve de fato um grande despertamento espiritual entre inúmeras famílias.
Quase três séculos depois,  um jovem seminarista do interior nordestino, cansado de uma suposta falta de reconhecimento por parte dos lideres de sua igreja e com a responsabilidade de pregar em um culto dominical, diz assim para si mesmo: “Domingo irei realizar uma pregação onde todos vão ver que não sou um pregador qualquer! Meus líderes verão que  tenho potencial e a igreja vai louvar a Deus por minha vida!”. Daí o jovem aspirante ao pastoreio pega um livreto com aquele famoso sermão de Jonathan Edwards e passa dias tentando memorizalo. Da mesma forma gasta horas assistindo tele-aulas de oratória na esperança de ficar com uma lábia impecável. Seu coração batia intensamente na expectativa de que algo semelhante ao que ocorreu em Enfield ocorresse também na sua cidade.
É chegado então o momento do sermão. A igreja encontra-se lotada e os pastores atentos para ouvir o que aquele jovem irá verbalizar. Daí, arrumado da forma mais elegante possível , subiu ao púlpito com a cabeça erguida, na certeza de que aquela noite ficaria para história de seu ministério.
Após Trinta minutos de pregação nada das pessoas chorarem ou se agarrarem nos bancos do templo. Muito pelo contrário, o que se via eram alguns olhando para o relógio e outros cochilando. Ao fim,  aquele seminarista voltou para casa se perguntando o que tinha deixado de fazer para que seu sucesso não fosse obtido.
Qual era então o segredo do sucesso da pregação de Edwards?
Em síntese, o famoso pregador americano era um homem totalmente dependente de Deus. Além de sempre reconhecer suas próprias incapacidades e viver uma intensa e constante vida de oração, suas motivações jamais foram egocêntricas. Certa vez ele mesmo escreveu:  “Prefiro ser plenamente compreendido por dez a ser admirado por dez mil.”.
Que nossas vontades estejam sempre de acordo com as motivações que Deus quer que tenhamos. Esse é o segredo para que tenhamos êxito na obra do Senhor.
Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, porém do SENHOR vem a vitória.” (Prov 21.31)



Profº Helton de Assis – Jan/2015

A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA

Rodrigo P. Silva
Texto extraído de http://novotempo.com/evidencias 

















Das muitas definições dadas à Bíblia, é provável que uma das mais interessantes tenha sido a de Gerald Wheeler que definiu a inspiração como “Deus falando com sotaque humano”. De fato, a Bíblia é a Palavra do Altíssimo entrando em nossa história e participando ativamente dela.
Logo, seria interessante lembrar que as Escrituras Sagradas não nasceram num vácuo histórico. Elas possuem um contexto cultural que as antecede e envolve. Suas épocas, seus costumes e sua língua podem parecer estranhos a nós que vivemos num tempo e geografia bem distantes daqueles fantásticos acontecimentos, mesmo assim são importantíssimos para um entendimento saudável da mensagem que elas contêm.
Como poderíamos, então, voltar a esse passado escriturístico? Afinal, máquinas do tempo não existem e idéias fictícias seriam de pouco valor nesta jornada. A solução talvez esteja numa das mais brilhantes ciências dos últimos tempos: a Arqueologia do Antigo Oriente Médio.
Usada com prudência e exatidão, a Arqueologia poderá ser uma grande ferramenta de estudo não apenas para contextualizar corretamente determinadas passagens da Bíblia, mas também para confirmar a historicidade do seu relato. É claro que não poderemos com a pá do arqueólogo provar doutrinas como a divindade de Cristo ou o Juízo final de Deus sobre os homens. Esses são elementos que demandam fé da parte do leitor. Contudo, é possível – através dos achados – verificar se as histórias da Bíblia realmente aconteceram ou se tudo não passou de uma lenda. Aí, fica óbvio o axioma filosófico: se a história bíblica é real, a teologia que se assenta sobre essa história também o será. Talvez seja por isso que ao invés de inspirar a produção de um manual de Teologia, Deus soprou aos profetas a idéia de escreverem um livro de histórias que confirmassem a ação divina em meio aos acontecimentos da humanidade.
Como tudo começou







Dizer exatamentequando começou a arqueologia bíblica não é tarefa fácil. Na verdade, desde os primeiros séculos da era cristã já havia pessoas que se aventuravam na arte de tirar da terra tesouros relacionados à história da Bíblia Sagrada. Helena, a mãe de Constantino, foi uma dessas “pioneiras” que numa peregrinação à Terra Santa demarcou com igrejas vários locais sagrados onde supunham ter ocorrido algum evento especial. Muitos destes locais servem até hoje de ponto turístico no Oriente Médio.
As técnicas porém desses primeiros empreendimentos eram bastante duvidosas e o fervor piedoso levava as pessoas a verem coisas que na verdade nem existiam. Aparições de santos, sonhos e impressões eram o suficiente para demarcar um local como sendo o exato lugar da crucifixão ou do nascimento de Cristo.
Mas a partir do final do século XIII, a arqueologia das Terras Bíblicas começou finalmente a ter ares de maior rigor científico. A descoberta acidental da Pedra de Roseta, ocorrida em 1798, levou vários especialistas a se interessarem pela história do Egito, da Mesopotâmia e da Palestina, descobrindo um passado que há muito se tinha por perdido.
Babilônia, Nínive, Ur e Jericó foram apenas algumas das muitas localidades que começaram a ser escavadas revelando importantes aspectos da narrativa bíblica. Para os críticos que na ocasião levantavam argumentos racionalistas contra a Palavra de Deus, os novos achados representavam um grande problema, pois desmentiam seus arrazoados confirmando vários elementos do Antigo e do Novo Testamento.
Um exemplo pode ser visto no próprio ceticismo com que encaravam a existência de uma cidade chamada Babilônia. Muitos pensavam que tal reino jamais existira. Era apenas o fruto mitológico da mente de antigos escritores como Heródoto e os profetas canônicos. Até que, finalmente, suas ruínas foram desenterradas em 1899 pelo explorador alemão Robert Koldewey, que demorou pelo menos 14 anos para escavar as suas estruturas.
Mais tarde veio a descoberta de várias inscrições cuneiformes que revelaram o nome de pelo menos dois personagens mencionados no livro de Daniel, cuja historicidade também tinha sido questionada pelos céticos. O primeiro foi Nabucodonosor, o rei do sonho esquecido e o segundo, Belsazar que viu sua sentença de morte escrita com letras de fogo nas paredes de seu palácio.
Contribuições adicionais
Além de ajudar tremendamente na confirmação de episódios descritos na Bíblia, a arqueologia presta um grande serviço ao estudo elucidativo de determinadas passagens. Graças a ela, é possível reconhecer o porquê de alguns comportamentos estranhos à nossa cultura. É o caso de Raquel roubando deliberadamente os “ídolos do lar” que pertenciam a Labão, seu pai (Gn 31:34). Aparentemente o delito parecia ter um fim religioso, mas antigos códigos de lei sumerianos revelaram que naquela época a posse de pequenos ídolos do lar (comumente chamados de Terafim) era o certificado de propriedade que alguém precisava para firmar-se dono de uma terra. Caso os ídolos fossem parar nas mãos de outra pessoa, essa se tornava automaticamente a proprietária dos terrenos que eles demarcavam. Por serem pequenos, poderiam facilmente ser roubados e cabia ao dono o cuidado de guardá-los para não ser lesado. Foi portanto num descuido de Labão que Raquel roubou seus ídolos (ou seja suas escrituras) com o fim de entregá-los posteriormente a Jacó, e fazer dele o novo senhor daquelas terras. Tratava-se, portanto, de uma tentativa de indenização do esposo pelo engano que o levou a sete anos extras de trabalho nas terras de seu pai.
Várias palavras e expressões antigas também tiveram seu significado esclarecido pelo trabalho da arqueologia. O nome de Moisés, que certamente não era de origem hebraica pode ter sua explicação na raiz do verbo egípcio ms-n que significa “nascer ou nascido de”. Não é por menos que muitos faraós e nobres da corte egípcia tinham o seu apelido formado pela junção desse verbo e do nome de uma divindade. Por exemplo: Ahmose (“nascido de Ah, o deus da lua”); Ramose (“nascido de Rá, o deus sol”), Thutmose (“nascido de Thot, outra forma do deus da lua”). É possível que Moisés (ou em Egípcio Mose) também tivesse originalmente o nome de um deus local acoplado ao seu próprio nome. Talvez fosse Hapimose (o deus do Nilo) uma vez que, de acordo com Êxodo 2:10, a rainha escolheu chamá-lo assim, porque das águas do Nilo o havia tirado.
Uma embaraçosa situação entre Jesus e um discípulo também pode ser esclarecida pela arqueologia. Trata-se do episódio descrito em Lucas 9:59, onde o Senhor aparentemente nega a um jovem que queria seguir-lhe o direito de sepultar o seu próprio pai. Olhando pela cultura moderna ocidental, dá-se a impressão que o pai do moço estava morto em um velório e que ele estaria pedindo apenas algumas “horas” a Cristo para que pudesse seguir o féretro e, logo em seguida, partir com o Senhor. Um pedido, a princípio, bastante justo para não ser atendido!
Mas as dificuldades se esvaem quando entendemos pelo resgate arqueológico que, naquela época (e também hoje, nalguns idiomas como o árabe e o siríaco), a expressão “sepultar o meu pai” seria um idiomatismo que nem de longe indicava que seu pai houvesse recentemente morrido! Tanto o é que o episódio se dá “caminho fora” (Lc. 9:57). Se o pai do jovem houvesse morrido o que estaria ele fazendo à beira da estrada? Na verdade, essa expressão idiomática significava que o pai estava sadio e feliz e que seu filho prometia sair de casa apenas depois que ele morresse.
Ademais, segundo o costume oriental, quando o pai morria, o filho mais velho ficava encarregado do seu sepultamento, mas esse também não ocorria imediatamente após a sua morte. Primeiramente o corpo era banhado, perfumado e envolvido num lençol para ser depositado numa gruta tumular onde ficava deitado sobre uma cama de pedra por um ano ou mais até que a carne houvesse completamente sido decomposta restando apenas os ossos. Então, nesse dia, o filho retirava a ossada de seu pai, colocando-a delicadamente num pequeno caixão de pedra (conhecido como ossuário) e, somente aí, tinha-se finalmente completado o “sepultamento”, isto é, vários meses após a morte do indivíduo.
Com esse pano de fundo trazido dos estudos arqueológicos o diálogo de Jesus com aquele jovem passa a ter outra dimensão. Esclarece-se a questão e torna o texto mais compreensivo e agradável de se ler.
È curioso como a Bíblia – evidentemente usando uma figura de linguagem – descreve a teimosia do rei do Egito com a idéia de que Deus endureceu (literalmente “petrificou”) o coração de Faraó. O estudo das línguas orientais mostra que Deus muitas vezes é colocado como autor daquilo que Ele na verdade apenas tolera. É um limite do idioma e nada mais. Nós também temos as mesmas limitações em nossa língua pátria: quando dizemos a alguém “vá com Deus” ou “que o Senhor te acompanhe” não estamos com isso negando a onipresença do Altíssimo como se Ele precisasse “ir” a um lugar onde já não estivesse. Também não estamos de maneira nenhuma nos matando quando dizemos: “Estou morto (isto é, cansado)!”
A idéia de um faraó de coração duro pode ser ainda mais esclarecida se atentarmos para o fato de que o estudo de várias múmias revelou o estranho costume egípcio de colocar dentro do corpo mumificado um escaravelho de pedra bem no lugar do coração. Esse amuleto servia ao defunto como uma espécie de salvo conduto no juízo final perante Osíris. Um coração normal (que era pesado na balança da deusa Ma’at) poderia denunciar os seus pecados fazendo-o perder um lugar no paraíso. Mas um coração de pedra, enganaria os deuses. Ocultaria os erros que ele cometeu garantindo-lhe o paraíso, mesmo que houvesse levado uma vida de constantes pecados. Ter, portanto, um coração duro (ou “de pedra”) era para Faraó a certeza de uma salvação forjada à custa do engano dos deuses! Daí a forma irônica e eufemística de dizer: “Deus endureceu o coração de faraó”.

Arqueologia do Antigo Testamento
Estes são alguns dos principais achados alusivos ao Antigo Testamento:
1 – Leis mesopotâmicas – uma coleção de várias leis datadas do terceiro e segundo milênios antes de Cristo que ilustram em muitos detalhes o período patriarcal. O conhecido código de Hamurabi (c. 1750 a.C.) é uma delas.
2 – Papiro de Ipwer – trata-se da oração sacerdotal de um certo egípcio chamado Ipwer que reclama junto ao deus Horus as desgraças que assolavam o Egito. Entre elas ele menciona o Nilo se tornando em sangue, a escuridão cobrindo a terra, os animais morrendo no pasto e outros elementos que lembram muito de perto as pragas mencionadas no Êxodo.
3 – Estela de Merneptah – uma coluna comemorativa escrita por volta de 1207 a.C. que conta as conquistas militares do faraó Merneptah. É a mais antiga menção do nome “Israel” fora da Bíblia. Alguns céticos insistem em negar a história dos Juízes dizendo que Israel não existia como nação naqueles dias. Porém, a Estela de Merneptah desmente essa afirmação ao mencionar Israel entre os inimigos do Egito.
4 – Textos de Balaão – fragmentos de escrita aramaica foram encontrados em Tell Deir Allá (provavelmente a cidade bíblica de Sucote). Juntos eles trazem um episódio na vida de “Balaão filho de Beor” – o mesmo Balaão de Números 22. Os textos ainda descreviam uma de suas visões, indicando que os cananitas mantiveram lembrança desse profeta.
5 – Estela de Tel Dã – outra placa comemorativa, desta vez da conquista militar da Síria sobre a região de Dã. Encontrada em meio aos escombros do sítio arqueológico, a inscrição trazia de modo bem legível a expressão “casa de Davi” que poderia ser uma referência ao templo ou à família real. Porém o mais importante é que mencionava pela primeira vez fora da Bíblia o nome de Davi, indicando que este fora um personagem real.
6 – Obelisco negro e prisma de Taylor – Estes artefatos mostram duas derrotas militares de Israel. O primeiro traz o desenho do rei Jeú prostrado diante de Salmanazar III oferecendo tributo e o segundo descreve o cerco de Senaqueribe a Jerusalém, citando textualmente o confinamento do rei Ezequias.
7 – Inscrição de Siloé –  encontrada acidentalmente por algumas crianças que nadavam no tanque de Siloé, essa antiga inscrição hebraica marca a comemoração do término do túnel construído pelo rei Hezequias, conforme o relato de II Crônicas 32:2-4.
Arqueologia do Novo Testamento
Estes são alguns dos principais achados alusivos ao Novo Testamento:
1 – Ossuários de Caifás e (possivelmente) Tiago irmão de Jesus – Alguns ossuários costumavam trazer uma inscrição com o nome da pessoa que estaria ali. Sendo assim, dois ossuários chamaram a atenção dos arqueólogos. O primeiro foi encontrado em 1990 e legitimado como sendo do mesmo Caifás mencionado em Mateus 26 e João 18. Já o segundo, cuja autenticidade é disputada entre os especialistas, pertenceria a Tiago, um dos irmãos de Jesus conforme o texto de Mateus 13:55. Caso se demonstre verdadeiro, este ossuário será a mais antiga menção do nome de Jesus que temos notícia.
2 – O esqueleto do crucificado – Um outro ossuário encontrado em 1968 revelou a ossada de um certo Yehohanan (“João” em aramaico) que morrera crucificado. Seu calcanhar ainda trazia um pedaço torcido do prego romano. Esse foi o único exemplar de um crucificado de que temos notícia. Graças ao seu estudo foi possível levantar importantes detalhes sobre os modos de crucifixão usados no tempo de Cristo.
3 – Inscrição de Pilatos – Uma placa comemorativa encontrada em Cesaréia Marítima no ano de 1962 revelou o nome de Pilatos como prefeito da Judéia. Antes disso, sua existência histórica era questionada pelos céticos.
4 – Cafarnaum – A cidade onde Jesus morou foi escavada e preservada para visitação. Ali é possível se ver os restos de uma sinagoga e uma igreja bizantinas que foram respectivamente construídas sobre a sinagoga dos dias de Jesus e a casa de Pedro, o líder dos doze apóstolos.
Qumran e os Manuscritos do Mar Morto
Um isolado sítio arqueológico foi acidentalmente descoberto por um garoto beduíno em 1947, nas redondezas do Mar Morto junto ao deserto da Judéia. Ali podem ser vistas as ruínas de Khirbet Qumran onde, segundo a opinião de muitos, viveram os antigos essênios, uma facção religiosa judaica que rompera com o partido sacerdotal de Jerusalém.
Mas o achado do garoto foi ainda mais surpreendente. Ele descobriu numa das grutas locais antigas cópias do Antigo Testamento e outros livros judaicos que estavam guardados por quase dois mil anos.
Juntos esses manuscritos (advindos de pelo menos 11 cavernas) formavam uma enorme biblioteca de textos inteiros ou fragmentados que contextualizam o judaísmo dos dias de Cristo. E mais, ajudam a estabelecer a confiança na transmissão texto bíblico, uma vez que não possuímos nenhum dos originais que saíram das mãos dos profetas.
Ocorre que, até ao achado dos manuscritos do Mar Morto, as cópias hebraicas mais antigas da Bíblia datavam do século 10 d.C., ou seja, mais de mil anos depois da produção do último livro vétero-testamentário. E que certeza teríamos, além da fé, de que não houve alterações substanciais no texto? Sendo assim, o achado de Qumran foi bastante providencial pois proveu-nos de cópias da Bíblia Hebraica que datavam de até 250 a.C..
Quando essas cópias foram comparadas ao texto hebraico massorético (aquele tardio sobre o qual baseavam-se as traduções modernas) demonstrou-se claramente que elas confirmavam a fidedignidade da versão que possuíamos. Se a Bíblia tivesse sido drasticamente alterada ao longo dos séculos, os Manuscritos do Mar Morto demonstrariam isso pois, afinal, foram produzidos antes mesmo do surgimento do cristianismo.
O achado de Qumran, pois, constitui a maior descoberta bíblica de todos os tempos.
Conclusão
Certa vez ao entrar glorioso em Jerusalém, Jesus declarou em meio à multidão que ainda que os filhos se calassem, as próprias pedras clamariam (Lc 19:40). Por que não poderíamos ver na arqueologia um cumprimento destas palavras? De uma maneira silenciosa, porém bastante ativa, pedras, cacos de cerâmica, restos de fortalezas e antigos manuscritos clamam que a história é verdadeira, que Deus é tão real que quase dá para tocá-lo.
A arqueologia é certamente um presente do céu aos crentes. Seu conhecimento é uma excelente ferramenta na compreensão, no estudo e na proclamação da Palavra de Deus!

sábado, 23 de maio de 2015

Was the story of Jesus rising from the dead borrowed from pagan myths?


This video is part #5 of our series 'After Life? The most up to date and convincing case for the resurrection of Jesus Christ,' featuring Professor William Lane Craig, Professor Gary Habermas, Professor Mike Licona, Amy Orr-Ewing and Professor Tom Wright talking about the evidence that Jesus really did rise from the dead, and what we can know about life after death.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O PROTESTANTISMO NO BRASIL COLONIAL


(Texto revisado)

A presença dos evangélicos no Brasil remonta o século XVI, quando os huguenotes (calvinistas de origem francesa) chegaram ao Rio de Janeiro  com o propósito de ajudar a estabelecer um refúgio para os protestantes perseguidos na França. Todavia estes tiveram problemas com  Villegaignon que entrou em conflito com os calvinistas devido a determinados posicionamentos doutrinários, especialmente no que diz respeito a questão dos sacramentos. Ordenados a saírem do Brasil, os colonos reformados embarcaram em um navio de volta para a França. Em meio a excesso de passageiros e pouca comida à bordo, a embarcação começou a afundar quando estavam ainda na altura de Cabo Frio, e assim cinco genebrinos resolveram voltar de bote.  Assim que chegaram em terra foram presos: Jean du Bordel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André Lafon e Jacques le Balleur. Pressionados por Villegaignon, foram obrigados a professar por escrito sua fé, no prazo de doze horas, respondendo uma série de perguntas que lhes foram entregues. Eles assim o fizeram, e escreveram a primeira confissão de fé protestante das Américas, sabendo que com ela estavam assinando a própria sentença de morte. Essa declaração de fé é conhecida como a ”Confissão de Fé de Guanabara” (1558). Em seguida, os três primeiros foram mortos e Lafon, o único alfaiate da colônia, teve a vida poupada. Balleur fugiu para São Vicente, SP, foi preso e levado para Salvador (1559-67), sendo mais tarde enforcado no Rio de Janeiro, quando os últimos franceses foram expulsos.

Quase 100 anos depois, os holandeses criaram a Companhia das Índias Ocidentais com o objetivo de conquistar e colonizar territórios da Espanha nas Américas, especialmente uma rica região açucareira: o nordeste do Brasil. Em 1624, os holandeses tomaram Salvador, a capital do Brasil, mas foram expulsos no ano seguinte. Finalmente, em 1630 eles tomaram Recife e Olinda e em seguida boa parte do Nordeste, incluindo a Paraíba.  Neste período, especialmente durante o governo do conde João Maurício de Nassau-Siegen, que governou esta região entre 1637 a 1644,  foi concedida uma boa medida de liberdade religiosa aos residentes católicos e judeus, e a Igreja Reformada da Holanda passa a ser considerada a igreja oficial. Segundo pesquisadores deste período da história brasileira foram criadas no mínimo vinte e duas igrejas locais e congregações, dois presbitérios reformados (o de Pernambuco e o da Paraíba) e até mesmo um sínodo, o Sínodo do Brasil (1642-1646). Mais de cinquenta pastores ou “predicantes” serviram essas comunidades. 

A Igreja Reformada realizou uma intensa obra missionária junto aos indígenas. Além de pregação, ensino e beneficência, foi preparado um catecismo na língua nativa. Outros projetos incluíam a tradução da Bíblia e a futura ordenação de pastores indígenas. Em 1654 os holandeses foram expulsos do nordeste, transferindo-se assim para o Caribe.
Segundo a historiadora cearense Jaquelini de Souza a primeira igreja protestante  brasileira surge a partir da ocupação holandesa no Nordeste: A Igreja Reformada Potiguara. Esta foi criada por índios potiguaras que foram convertidos por holandeses . Mesmo após a expulsão dos batavos, tais congregações cristãs se expandiram pela Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Perseguidos pelos portugueses tais índios convertidos se refugiaram no Ceará. 

Desde então, não se conhece relatos de cultos protestantes no Brasil colonial. Todavia,  com a chegada da família real e com a abertura dos portos  às nações amigas,  as confissões protestantes começaram paulatinamente a chegar ao país. Os Anglicanos chegam em 1811. Há registros que inclusive apontam a presença de anglicanos morando na Paraíba neste período. A Ilha Stuart (localizada no estuário do rio Paraíba) abrigou alguns ingleses anglicanos durante a primeira metade do século XIX.

Em 1824 chegam no Brasil os luteranos, os Congregacionais em 1855, os presbiterianos em 1859, e  os batistas em 1871. 


Referências bibliográficas

·         Ribeiro, Alvarez Jorge. História da Igreja Presbiteriana na Parahyba. João Pessoa: Fénix, 2003.
·         Souza, Jaquelini. A primeira igreja protestante do Brasil. Higienópoles: Mackenzie, 2013.
·         Matos, Alderi de Souza. História da Evangelização no Brasil. Viçosa: Ultimato, 2003.
·         Blog http://ipjp130anos.blogspot.com.br/   acessado em 17 de fevereiro de 2014, às 17h10min
·         Site http://istoe.com.br/reportagens/328079_OS+PRIMEIROS+PROTES
TANTES+BRASILEIROS acessado em 20 de Janeiro de 2014, às 14h25min
·         Site http://www.monergismo.com/textos/credos/confissao_guanabara.htm acessado em 20 de Janeiro de 2014, às 15h05min

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

MANUSCRITOS DO MAR MORTO FINALMENTE ESTÃO DISPONIVEIS NA INTERNET


Achados em 1947 por pastores de cabras israelenses, os manuscritos de Qunram (referencia as cavernas onde estes foram encontrados) , ou, manuscritos do Mar Morto são achados de grande importância para arqueologia e para as religiões Judaica e Cristã. Estes manuscritos, são porções de toda a Bíblia Hebraica (exceto do Livro de Ester e do Livro de Neemias), alguns livros apócrifos e também registros de regras da seita dos essênios.  Os Manuscritos do Mar Morto foram datados como sendo do século II a.C, passando a ser considerados como versão mais antiga do texto do Antigo Testamento, 

Após um longo e delicado trabalho de digitalização, a Autoridade de Antiguidades israelense anunciou que os valiosos manuscritos já podem ser consultados na internet. Segundo o site GospelPrime, para poder colocar este rico material na internet foi preciso usar técnicas modernas de tratamento de imagem que foram desenvolvidas pela Nasa. Com esta técnica é possível arquivar e tirar do anonimato o conjunto de milhares de fragmentos de manuscritos.O link para acessar o material é http://dss.collections.imj.org.il/