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quarta-feira, 25 de junho de 2014

ENSAIO ECLESIOLÓGICO



Ao contrário do que muitos pensam...
A verdadeira igreja não serve ao capital, mas sim ao Deus justo e amoroso e ao próximo

A verdadeira igreja não é composta por alienados, mas sim por pessoas que sabem no que crêem. 
A verdadeira Igreja não é isolada do mundo, mas reconhece sua missão dentro dele.
A verdadeira igreja não foi extinta no tempo do cristianismo primitivo, mas sempre existiu, mesmo que pouco percebida muitas vezes. 
A verdadeira igreja não compactua com atrocidades e injustiças, mas se manifesta perante elas.

A verdadeira igreja não é marcada pela hipocrisia, mas  reconhece que o charlatanismo é vergonhoso. 

A verdadeira igreja não é composta por pessoas que se ensoberbecem e se orgulham de sua "superioridade espiritual", mas sim por pecadores esforçados.
A verdadeira igreja não se prende a costumes vazios e superstições religiosas, mas cultiva uma espiritualidade simples e um cristianismo natural.
A verdadeira igreja não idolatra seus membros mais famosos, mas coloca Cristo e seus ensinamentos sempre no centro das atenções.

A verdadeira igreja não espera por datas comemorativas para servir a comunidade , mas seu amor  inspira diariamente.
A verdadeira igreja não depende da aprovação externa, mas é movida pela certeza da aprovação de Deus.
A verdadeira igreja não prejudica o mundo, mas possui uma reputação inviolável.
A verdadeira igreja não negocia seus valores e mensagem, mas reafirma-os em qualquer contexto.
A verdadeira igreja não divide a si mesma, mas se mantém unida mesmo em meio às arengas humanas. 

A verdadeira igreja não é limitada a determinada placa, mas é composta por cristãos verdadeiros seja qual for a denominação. 
A verdadeira igreja não é fundamentada em regras criadas por seres humanos, mas é motivada na vontade de Deus para a humanidade.


"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus." (Mat. 7.21)

Profº Helton de Assis Freitas

heltondeassis.blogspot.com.br

terça-feira, 8 de abril de 2014

QUE É HERESIA E SEITA?

por Helton de Assis Freitas


A palavra "heresia"  vem do grego αἵρεσις, que ao pé da letra significa "escolha" ou "opção", ou seja "ter uma opinião particular que não é típica sobre determinado assunto. Com o passar dos séculos tal termo foi se modificando um pouco e atualmente encontra-se relacionado especialmente à contextos religiosos. No contexto cristão podemos dizer que heresia é:
- todo tipo de interpretação errônea de algum ensinamento bíblico
- Qualquer ensinamento comprovadamente errôneo a respeito de alguma doutrinas básicas do cristianismo
- Qualquer ensinamento que mesmo dito cristão, contrária/contradiz os ensinos fundamentais da  bíblia.

Já o termo seita, ele não se refere apenas a alguns movimentos pseudo-cristãos. Este diz respeito a qualquer movimento religioso heteredoxo, que comprovadamente contraria verdades fundamentais da religião que esta afirma pertencer. Podemos notar a existência de seitas principalmente entre as três grandes religiões monoteistas (Cristianismo, Islamismo e Judaismo). Uma seita pode também ser considerada uma "divisão", "partido" ou "facção". Entre as principais caracteristicas de uma seita podemos afirmar que:
- É um grupo organizado que sem motivo justificável saiu de um grupo religioso maior
-  É uma organização que se diz adepta de determinada religião, todavia defende ensinamentos que contrariam as bases dessa religião.

No caso do cristianismo, vejamos algumas definições:

 “Um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais pessoas” – Dr. Walter Martin.

 “Uma seita é alguma perversão religiosa. É a crença e a prática, dentro do mundo religioso, que requer a devoção das pessoas a algum ponto de vista religioso ou para algum líder, estribados em alguma doutrina falsa. Uma seita é uma heresia organizada.” – Dave Breese.
 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O PROTESTANTISMO NO BRASIL COLONIAL


(Texto revisado)

A presença dos evangélicos no Brasil remonta o século XVI, quando os huguenotes (calvinistas de origem francesa) chegaram ao Rio de Janeiro  com o propósito de ajudar a estabelecer um refúgio para os protestantes perseguidos na França. Todavia estes tiveram problemas com  Villegaignon que entrou em conflito com os calvinistas devido a determinados posicionamentos doutrinários, especialmente no que diz respeito a questão dos sacramentos. Ordenados a saírem do Brasil, os colonos reformados embarcaram em um navio de volta para a França. Em meio a excesso de passageiros e pouca comida à bordo, a embarcação começou a afundar quando estavam ainda na altura de Cabo Frio, e assim cinco genebrinos resolveram voltar de bote.  Assim que chegaram em terra foram presos: Jean du Bordel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André Lafon e Jacques le Balleur. Pressionados por Villegaignon, foram obrigados a professar por escrito sua fé, no prazo de doze horas, respondendo uma série de perguntas que lhes foram entregues. Eles assim o fizeram, e escreveram a primeira confissão de fé protestante das Américas, sabendo que com ela estavam assinando a própria sentença de morte. Essa declaração de fé é conhecida como a ”Confissão de Fé de Guanabara” (1558). Em seguida, os três primeiros foram mortos e Lafon, o único alfaiate da colônia, teve a vida poupada. Balleur fugiu para São Vicente, SP, foi preso e levado para Salvador (1559-67), sendo mais tarde enforcado no Rio de Janeiro, quando os últimos franceses foram expulsos.

Quase 100 anos depois, os holandeses criaram a Companhia das Índias Ocidentais com o objetivo de conquistar e colonizar territórios da Espanha nas Américas, especialmente uma rica região açucareira: o nordeste do Brasil. Em 1624, os holandeses tomaram Salvador, a capital do Brasil, mas foram expulsos no ano seguinte. Finalmente, em 1630 eles tomaram Recife e Olinda e em seguida boa parte do Nordeste, incluindo a Paraíba.  Neste período, especialmente durante o governo do conde João Maurício de Nassau-Siegen, que governou esta região entre 1637 a 1644,  foi concedida uma boa medida de liberdade religiosa aos residentes católicos e judeus, e a Igreja Reformada da Holanda passa a ser considerada a igreja oficial. Segundo pesquisadores deste período da história brasileira foram criadas no mínimo vinte e duas igrejas locais e congregações, dois presbitérios reformados (o de Pernambuco e o da Paraíba) e até mesmo um sínodo, o Sínodo do Brasil (1642-1646). Mais de cinquenta pastores ou “predicantes” serviram essas comunidades. 

A Igreja Reformada realizou uma intensa obra missionária junto aos indígenas. Além de pregação, ensino e beneficência, foi preparado um catecismo na língua nativa. Outros projetos incluíam a tradução da Bíblia e a futura ordenação de pastores indígenas. Em 1654 os holandeses foram expulsos do nordeste, transferindo-se assim para o Caribe.
Segundo a historiadora cearense Jaquelini de Souza a primeira igreja protestante  brasileira surge a partir da ocupação holandesa no Nordeste: A Igreja Reformada Potiguara. Esta foi criada por índios potiguaras que foram convertidos por holandeses . Mesmo após a expulsão dos batavos, tais congregações cristãs se expandiram pela Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Perseguidos pelos portugueses tais índios convertidos se refugiaram no Ceará. 

Desde então, não se conhece relatos de cultos protestantes no Brasil colonial. Todavia,  com a chegada da família real e com a abertura dos portos  às nações amigas,  as confissões protestantes começaram paulatinamente a chegar ao país. Os Anglicanos chegam em 1811. Há registros que inclusive apontam a presença de anglicanos morando na Paraíba neste período. A Ilha Stuart (localizada no estuário do rio Paraíba) abrigou alguns ingleses anglicanos durante a primeira metade do século XIX.

Em 1824 chegam no Brasil os luteranos, os Congregacionais em 1855, os presbiterianos em 1859, e  os batistas em 1871. 


Referências bibliográficas

·         Ribeiro, Alvarez Jorge. História da Igreja Presbiteriana na Parahyba. João Pessoa: Fénix, 2003.
·         Souza, Jaquelini. A primeira igreja protestante do Brasil. Higienópoles: Mackenzie, 2013.
·         Matos, Alderi de Souza. História da Evangelização no Brasil. Viçosa: Ultimato, 2003.
·         Blog http://ipjp130anos.blogspot.com.br/   acessado em 17 de fevereiro de 2014, às 17h10min
·         Site http://istoe.com.br/reportagens/328079_OS+PRIMEIROS+PROTES
TANTES+BRASILEIROS acessado em 20 de Janeiro de 2014, às 14h25min
·         Site http://www.monergismo.com/textos/credos/confissao_guanabara.htm acessado em 20 de Janeiro de 2014, às 15h05min

quarta-feira, 15 de maio de 2013

EPIDEMIAS E FOMES NA AFRICA CONTEPORÂNEA


A África é um continente de muitas belezas, entretanto lá ainda estão presentes epidemias assustadoras e fomes frequente como em nenhum outro continente. Esta análise visa abordar especificamente a temática destes dois flagelos que assolam a África de nossos dias, sem partir para outras esferas  que convém ser trabalhadas quando, por exemplo, discutimos esses assuntos em sala de aula. Tal contextualização epistemológica ficará ausente neste espaço, tendo em vista que o foco é voluntariamente limitado.

1.      EPIDEMIAS MAIS COMUNS NA ÁFRICA ATUAL
            Em nenhum lugar do mundo as epidemias são tão intensas como no continente africano. A África é a única região do globo em que as taxas de morte por doenças transmissíveis são maiores que as das não transmissíveis. Segundo dados do relatório de 2012 da Organização Mundial da Saúde, no mundo 65% das mortes tem doenças não transmissíveis como causa. Na África, as doenças mais graves são a AIDS e a Malária. As porcentagens alarmantes de casos de doenças como sarampo, poliomielite e tétano mostram a falta de vacinação e a pobreza da África Subsaariana. 
                                                                    
AIDS
            A taxa de contaminados pelo vírus está diminuindo, e esta aumentando o acesso aos medicamentos que amplia a sobrevida. Na região Subsaariana, esse acesso cresceu 19% apenas entre 2010 e 2011. Mas infelizmente a AIDS continua sendo a principal causa de morte de crianças até os 5 anos de idade no mundo.  
            Dados da Unaids de 2012 mostram que só na África Subsaariana vivem 68, 7% dos 34,2 milhões de pessoas contaminadas pelo HIV em todo mundo (23,5 milhões).  O maior numero de soropositivos do planeta está na África do Sul:  5,6 milhões. Nesse país, a epidemia agravou-se porque o governo demorou para reconhecer sua existência. Contudo em 2007 a nação acelera a distribuição gratuita de medicamentos. Em 2012, o tratamento antirretroviral da África do Sul é o maior do mundo, com mais de 1,7 milhões de pacientes atendidos.  Porém o numero ainda é proporcionalmente pequeno.

            Em Zâmbia, aproximadamente 20% de toda população adulta e jovem encontra-se contaminada com a doença; em Botsuana, cerca de 39% da população entre 15 e 49 anos estão com a doença e em Lesoto e Zimbábue, o percentual é de aproximadamente 20%, esses são dados da OMS (Organização Mundial de Saúde).

               O governo do Quênia, diante do flagelo provocado pela doença, sugeriu de forma ingênua que a população deixasse de fazer sexo por um período de dois anos. Segundo o governo, esse tempo serviria para diminuir a expansão do vírus, já que entre a população de 30 milhões de habitantes, 3 milhões estão infectados.
           
MALÁRIA

            A malária, ou padulismo, é trasmitida pelo mosquito anopheles. A doença matou 596 mil pessoas no continente africano somente em 2010, o que representa 91% dos óbitos mundiais decorridos da doença, a maioria das vítimas são crianças de até 5 anos. A Republica Democrática do Congo tem o mais elevado numero de contaminações , com 731.941 casos confirmados  e 23.476 mortes. No mesmo ano, o Quênia registrou o maior numero de mortos: 26 mil.

TUBERCULOSE

            Embora vivam na África apenas 10% da população do planeta,  cerca de 30% dos casos de tuberculose notificados anualmente provem de lá. Fatores agravantes, como o vírus HIV faz com que portadores do mesmo sejam mais suscetíveis a desenvolver a forma grave da tuberculose, e chegar a óbito muitas vezes.

  O FLAGELO DA FOME

Em nenhuma outra parte do mundo a fome é tão devastadora do que na África. Apesar de uma relativa melhoria na qualidade de vida da população, podemos afirmar que tal quadro ainda é bastante alarmante. Conflitos constantes, condições de clima adversos e as próprias doenças são as principais causas desse problema.

Apesar de petróleo, matérias-primas e bons níveis de crescimento atuais, o continente africano convive com um clima hostil, visível em secas prolongadas em alguns países e chuvas em excesso em outros, tornando muitas zonas do continente dependentes de ajuda externa.
 


Exemplos da fome na África

 A região conhecida como “Chifre da África” (composta por Etiópia, Somália, Quênia, Djibuti e Eritréia),  historicamente, possui a situação mais crítica.  As crises na Etiópia, entre 1983 e 1985, deixaram centenas de milhares de pessoas mortas devido a uma seca prolongada, e, na mesma época, no Sudão, cerca de 250 mil pessoas morreram por falta de alimentos. Mais recentemente, desde 2010, esta região voltou a conviver com uma situação semelhante, todavia ainda mais delicada.

Na Somália a ONU decretou, em 2012, estado extremamente alarmante de fome em seis estados do centro sul da nação. Em novembro, o grupo islâmico radical Al Shabab obstrui a ajuda humanitária e expulsa 16 agencias internacionais das regiões sob o seu controle. Já no Quênia, que convive com a pior seca dos últimos 60 anos, a estimativa da ONU é que 2,2 milhões de pessoas precisem urgentemente de socorro humanitário. O país abriga cerca de 500 mil somalis refugiados da seca e da guerra.

Na Suazilândia, em 2007,  a prolongada seca causa a pior colheita da história do país. A fome ameaça mais de  40% da população, e a ONU pede doação de alimentos. Em Lesoto, a  prolongada escassez de chuvas também afeta a lavoura e agrava o quadro de subnutrição do país. Em setembro de 2012 a ONU estima que 39% da população depende de ajuda humanitária urgentemente. Na Republica Centro Africana, a miséria é tão intensa que, segundo a ONG Médicos sem Fronteiras, as taxas de mortalidade no país beiram uma crise humanitária. A expectativa de vida é de, em média, 48 anos.

  PROBLEMAS RELACIONADOS À ESCASSEZ DE ÁGUA E SANEAMENTO

           Muitas das doenças que afligem o continente poderiam ser reduzidas com melhores condições sanitárias, já que mais de 40% dos africanos não dispõe de água potável e condições sanitárias adequadas.

            Na África, a capacidade de armazenamento de água é aproximadamente cem vezes inferior ao conseguido na Europa e na América, o que fragiliza os países em termos de desenvolvimento social e econômico e diante de catástrofes meteorológicas. Apesar do continente africano abrigar mais de 60% das bacias hidrográficas, a falta de cooperação limita o aproveitamento.

            Segundo a OMS e a Unicef, todos os dias morrem cerca de 4.500 crianças no mundo devido à falta de acesso a água potável e à ausência de saneamento básico, que causam diarreias e doenças infecciosas. A situação mais grave é, mais uma vez, na África Subsaariana, onde apenas 56% da população tem acesso a água potável e 37% a condições de saneamento, segundo as duas entidades.

  CONSIDERAÇÕES FINAIS

As epidemias e a fome na África não são coisas do passado. Números da ONU indicam que atualmente 200 milhões de africanos sofrem com a miséria extrema e estão na África 16 dos 18 países pior alimentados do mundo. Cheias, secas, erosão do solo, falta de meios e de técnicas (três quartos das terras são cultivadas sem fertilizantes e sementes melhoradas), mas também instabilidade política e conflitos (e a consequente fuga da população) levam às constantes crises humanitárias, ainda que todos os relatórios internacionais indiquem hoje um aceleramento da economia africana.

É triste saber que a grande maioria dos cidadãos ocidentais, raramente pensam na possibilidade de contribuir, diretamente ou indiretamente, para o combate à miséria no continente africano. Para quem está ansioso em  ajudar não faltam boas opções: temos instituições respeitadíssimas, como é o caso da World Vision, Médicos sem Fronteiras e UNESCO. Todavia, se nesse lado do planeta poucos são aqueles que se engajam pelo bem de suas próprias localidades, dificilmente veremos um bom numero daqueles que se importarão com o deslembrado continente africano. Sair da zona de conforto ainda é uma opção subversiva para maioria. 
 
  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ø  pt.wikipedia.com/africa
Ø  http://saude.hsw.uol.com.br/dez-piores-epidemias.htm
Ø  http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende/epidemias.htm
Ø  http://www.mundovestibular.com.br/articles/376/1/EPIDEMIAS
Ø  Almanaque Abril 2013. São Paulo: Abril, 2013.