quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A PRESENÇA DE DEUS: ONDE ELE ESTÁ?


A pergunta pode parecer muito simples, com direito a respostas muito óbvias. Porém, tal pergunta, por mais incrível que pareça, é muito relevante.

Primeiramente, ao responder tal questão, podemos fazer uso da resposta mais comum, que qualquer estudante de teologia poderia verbalizar: “Deus está em toda parte!” E isso é verdade. Sendo onipresente, Deus se encontra em todas as partes, e o próprio universo não é maior do que Ele. Deus está presente em todo tempo-espaço e permeia todas as coisas numa relação de imanência que ultrapassa toda a nossa capacidade intelectual. A crença da presença de Deus nesse sentido de onipresença pode ser encontrado em várias partes das Escrituras. Vide por exemplo: Sl 139. 7-10 e At. 17.24-28.

Entretanto existem outras formas em que a Bíblia se refere a presença de Deus.

Além do sentido de Onipresença, as Escrituras também falam da presença de Deus no sentido do seu cuidado providencial especial por certas pessoas e lugares. Nesse sentido, a presença de Deus é sua demonstração de interesse e preocupação particular por alguns mais do que por outros. Vemos na Bíblia que várias vezes, devido ao pecado, Deus se retira de meio do seu povo, deixando-o temporariamente por sua própria conta e entregando-os à própria sorte (2 Cr 12.5; Ez 29.5). Do mesmo modo, Ele se reaproxima na medida em que o arrependimento torna-se realidade (Is 59.20; Jonas 3.9).

Também existe um sentido “teofânico” para presença de Deus, que ocorre quando a Bíblia se refere à sua presença especial em encontros visuais onde Ele se apresenta de forma mais tangível. Vemos esse tipo de manifestação em várias passagens das Escrituras. Desde quando Deus andava no Jardim do Éden (Gn 3.8) até a própria presença de Jesus, o próprio Deus encarnado (João 1).

Finalmente, podemos falar da presença de Deus no sentido que se refere à sua intimidade com seu povo em momentos de adoração, quando Deus se encontra presente enquanto seus filhos o cultuam coletivamente ou individualmente. O apóstolo Paulo esperava que depois de verem um genuíno e sincero culto cristão, os incrédulos se convencessem da realidade da presença de Deus (I Cor 14.25).

Para um melhor entendimento das Escrituras, é fundamental que os cristãos saibam distinguir esses diversos sentidos da presença de Deus no mundo.

Helton de Assis
Janeiro de 2016

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