Em muitos círculos acadêmicos existe
um forte preconceito para com a relação dos cristãos com a ciência. Há,
inclusive, quem afirme que um bom cientista não pode ter crenças religiosas.
Infelizmente, ainda é comum se escutar frases como “Fé e
ciência são duas coisas antagônicas”, “A ciência é algo para os fortes, fé é
para os fracos”, “A fé atrapalha o desenvolvimento da ciência”, e assim por
diante... Mas a verdade é que falas desse tipo originam-se de desinformação ou mesmo
de preconceito.
Se observarmos a história da ciência
moderna, constataremos que muitos cientistas famosos acreditavam em Deus, e boa
parte eram fervorosos defensores da fé cristã. Entre os grandes nomes da
ciência moderna muitos cristãos devotos podem ser encontrados. Entre estes
podemos citar: o matemático Blaise Pascal (pai da ciência hidrostática), Robert
Boyle (pai da química moderna), o gênio Isaac Newton (considerado por muitos
como o maior cientista da história), Gregor Mendel (pai da genética), Michael Faraday (um dos pioneiros nos estudos
de eletromagnetismo e eletroquímica), o medico e químico francês Louis Pasteur,
entre tantos outros.
Chegando aos nossos dias, em pleno século XXI, inúmeros cristãos também
tem se destacado nos mais variados campos da ciência.
Para decepção de vários céticos, que na virada do milênio
afirmaram que a partir dali a religião iria perder cada vez mais adeptos e que
a tecnologia iria ocupar paulatinamente o lugar da fé. Contudo, ao chegarmos na
terceira década do século XXI, percebemos que a fé cristã ainda permanece forte
na grande maioria dos países. É claro que em algumas partes do globo o
agnosticismo e o ateísmo ganharam muita força nos últimos anos (como por
exemplo, nos países do norte da Europa). Contudo é importante observar que o
contrário vem ocorrendo em outras partes do mundo; basta ver o grande
crescimento do cristianismo no leste da Ásia e no sul da África
onde os adeptos da fé cristã tem se multiplicado de forma surpreendente com o
passar dos anos.
Quando olhamos para ciência atual, vemos com
facilidade a participação de inúmeros intelectuais cristãos, atuando nos
mais variados campos do saber. Podemos destacar entre estes: Francis Collins
(ex-diretor do Projeto Genoma), o filósofo estadunidense Alvin Platinga, a renomada
astrofísica da NASA Jennifer Wiseman, o premiado neurocirurgião Ben Carson, o
químico brasileiro Marcos Eberlin, o neuroimunologista inglês Alasdair Coles, entre muitos outros...
Destarte, vemos que ao contrário do que muitos
equivocadamente afirmam, a fé não é algo para alienados ou ignorantes. Não há
incompatibilidade alguma entre você ser um cristão e ao mesmo tempo contribuir
com as boas pesquisas cientificas que visam melhorar a vida das pessoas. Como
já diz uma frase bem conhecida: Jesus morreu para tirar os nossos pecados, e
não a nossa inteligência!
Helton de Assis Freitas, tem 32 anos, é educador,
historiador e missionário da Igreja Presbiteriana do Brasil. Formado em
teologia pela Faculdade Evangélica do Nordeste e em História pela UFPB.
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