“Vocês são o sal da terra. Mas, se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens."
O Sermão do Monte sem dúvidas é uma das passagens mais fascinantes da Bíblia. Segundo John Stott: “Ele torna a justiça atrativa; envergonha nosso fraco desempenho; gera sonhos de um mundo melhor". Nesse mesmo sermão, mais precisamente no capitulo 5, verso 13 de Mateus, Cristo compara seus seguidores a um importante elemento que faz uma grande diferença no nosso dia-a-dia: O sal.
A afirmação é muito
clara e direta: “Vocês são o sal da terra”.
Em seguida ouvimos uma
pergunta retórica: “Mas, se o sal perder o sabor, como restaurá-lo”? Daí Jesus
complementa com uma resposta alarmante: “Não servirá para nada, exceto para ser
jogado fora e pisado pelos homens.”
O que
Cristo quis dizer com isso?
Da mesma
forma que o sal serve para temperar e conservar uma comida, nós que afirmamos
ser discipulos dEle, devemos fazer a diferença na vida das pessoas que estão ao
nosso redor. Temos que transmitir o evangelho por palavras e por ações. Assim
estaremos “dando sabor” a vida delas e contribuindo para a “conservação” de
suas almas.
Uma
igreja que não cumpre seu chamado, naturalmente adentra por comportamentos
vergonhosos, como frieza espiritual, monotomia, religiosidade vazia e
hipocrisia. O juízo de Deus é inevitável em uma situação dessa. O sal
quando perde sua salinidade , não serve nem mesmo como fertilizante. O esterco
passa a ter mais serventia do que ele.
O que
será de nós se em vez de influenciarmos esse mundo, aceitarmos nos conformar com ele? Como
agradaremos a Deus se formos apenas mais um grupo religioso em um mundo marcado
pelo relativismo e pelo pluralismo religioso?
Para
evitar a vergonha de sermos “pisoteados pelos homens”, devemos zelar pela nossa
salinidade, conservando assim a nossa semelhança com Cristo. Segundo o
comentarista bíblico escocês Alexander Bruce, quando perdemos nosso sabor,
“passamos de salvadores da sociedade a material de pavimentação de estradas”.
Concluindo:
O que será de nós se negligenciarmos nosso chamado, de tal forma que o sal
fique apenas guardado dentro do saleiro?
Helton de Assis Freitas
Setembro de 2015
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