O que vi na Central do Brasil
No Pavão Pavãozinho, em Padre Miguel
Eu não vi em outro lugar, fora daqui
Fora com tanta miséria
Vou lá espantar o fantasma do caos
E mandá-lo pra outro lugar
Pra casa de Apolion
O que vi no agreste mineiro
O que vi no sertão, nos ribeirinhos do amazonas
Extrapolou, extrapolou
É, é a hora do senado acordar
É a hora desse povo sacudir
É a hora da bondade dominar
É, é a hora de crer mais nos tribunais
De exorcizar o mofo das prisões
De ver nossos velhinhos a cantar
Fernanda Brum - Pavão Pavãozinho
É hora do brasileiro ir as ruas e lutar pelos seus direitos. Somos um dos povos mais conformados e medíocres em meio a tanta injustiça politica e opressão. Fazia tempo que eu não via a população unida indo as ruas lutando pelo seus direitos. Infelizmente tenho que dizer que também fazia muito tempo que eu não via o Estado agindo de forma tão repugnante como tenho visto sobre São Paulo.
Abaixo segue alguns relatos e algumas imagens:
- Jennifer Oliveira, Juliana Bertolino, Mariana Martins e Giovanna Freitas de Oliveira têm 18 anos e fazem cursinho no Etapa, na Zona Sul. Elas pretendem fazer faculdade de biologia, medicina, engenharia e psicologia, respectivamente. Com outros dois colegas, elas decidiram participar pela primeira vez do ato para dar força ao movimento. O objetivo das adolescentes era mostrar que, apesar de as imagens de confrontos e danos ao patrimônio serem as que mais ganham destaque, a maioria dos manifestantes quer apenas o direito de defender seus direitos em paz. “É a minoria que faz isso [depredar], a maioria não veio para quebrar. Quem critica tem que vir para saber o que está acontecendo”, afirmou Mariana.
- 'Pagando caro por um serviço ruim': Francisco (nome fictício) mora no Jardim Anhanguera, no extremo Noroeste de São Paulo. Todos os dias, ele pega um ônibus que leva duas horas e meia para chegar até o Centro, onde ele estuda em um cursinho pré-vestibular popular mantido por estudantes da Faculdade de Direito da USP. Filho de servidores da Prefeitura, o jovem que pretende estudar artes cênicas e complementa a renda com bicos de atuação explica que teria uma opção mais rápida: combinando ônibus, trens e metrô, ele chegaria ao seu destino em uma hora e meia. “Mas é mais caro”, contou.
O jovem de 18 anos decidiu participar do ato com um grupo de amigos do cursinho. Nenhum quis se identificar à reportagem. O estudante, porém, afirmou que estava ali por melhoria na qualidade do transporte. “Não é questão de ser caro, mas é que você está pagando caro por um serviço ruim”, disse ele. Logo no início da caminhada, ele afirmou não temer a repressão policial. “Eu não estou fazendo nada de errado”, disse. - 'Você não tem arma para enfrentar PM': Daiane, de 21 anos, e Thomaz, de 23, preferem preservar sua imagem e sobrenome, mas contaram ao G1 o que os levou a participar do ato contra a tarifa. É o primeiro de Thomaz, que estuda artes visuais em uma universidade estadual, mas a amiga Daiana, que faz geografia em uma instituição federal, tem participado de todos.
“Além da questão do transporte, eu sempre participo de todas as manifestações contra o que não é justo”, explicou Daiane. “O objetivo não é só baixar o preço da passagem para o que era, é para ouvir o que o cidadão tem a dizer. O Estado está representando os empresários”, defendeu Thomaz. Os dois amigos consideram “terrível” a resposta da PM aos atos. “Você não tem arma nenhuma para enfrentar a polícia”, disse a garota.
(Relatos extraídos do G1)
Guardem bem o que digo: Estamos prestes a presenciar um verdadeiro novo "boom" nos movimentos populares de luta pela melhoria social. O caso de São Paulo esta apenas inaugurando uma nova primavera na democracia brasileira. Não ao totalitarismo. Viva la revolucion!
Imagens: Folha Online, Yahoo e Estadão.
Imagens: Folha Online, Yahoo e Estadão.
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